Censura E Cultura Na Ditadura
Censura é o uso pelo estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a circulação de informação. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte.
O propósito da censura está na manutenção do status quo, evitando alterações de pensamento num determinado grupo e a consequente vontade de mudança.
Pode também a censura ser entendida como a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes, através da propaganda,contra-informação ou manipulação dos meios de comunicação social. Esses métodos tendem a influenciar opinião pública de forma a evitar que outras ideias, que não as dos grupos dominantes, tenham receptividade.
Censura e Cultura Durante a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985) As relações entre a ditadura brasileira e a cultura foram bastante complexas e mutantes. Em um primeiro momento a ditadura pareceu tolerar ou negligenciar a cultura de protesto (música, cinema, literatura, artes plásticas) elaborada por artistas e intelectuais que, através de sua arte e de seu humor, criticavam a censura e o regime, incentivavam a rebeldia e denunciavam o terrorismo cultural. No momento seguinte, no entanto, no agitado ano de 1968, embora o gênero florescesse, acirrou-se a censura e apareceram grupos paramilitares de direita ameaçando e, às vezes, atacando manifestações artísticas. Com o AI-5, diminuíram drasticamente, embora não fossem extintas as margens para este tipo de arte comprometida com as lutas sociais e os programas políticos derrotados de 1964. O aumento dos índices de escolaridade, a ampliação do sistema de ensino e o desenvolvimento dos meios de comunicação de massas, foram alguns aspetos que contribuíram para o alargamento do público consumidor de bens culturais. Além disso, o aumento da população urbana e a integração e