Cem Anos de Solidão-análise

498 palavras 2 páginas
Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Marquez
A obra Cem anos de solidão de Gabriel Garcia Marquez contém algumas temáticas do plano de estudo da disciplina de estudos culturais.
A acção passa-se numa pequena aldeia chamada Macondo que se caracterizava por ser tranquila e sem nenhuma morte. Este oásis no deserto é perturbado pelo crescimento, pela ciência, ironicamente os factores que desencadearam as várias guerras, trazidas, tal como a civilização, por Úrsula, quando saiu à procura do seu filho
José Arcádio. Podemos ver quais as consequências da civilização e do progresso como extremos do século XX. Um processo de civilização que passa pela sua imposição da sua civilização sobre a outra por achar que esta é indigna, uma barbárie.
Para impedi-lo Arcádio dominava a aldeia como um verdadeiro ditador iludido pelo dinheiro e pelo poder que é o que faz mover o homem. Esta tentativa de perda de individualidade, devido ao confronto de conservadores e liberais leva ao nacionalismo com o objectivo de impor a sua identidade cultural.
Tal como foi dito anteriormente, existe um confronto entre liberais e conservadores, um dos motivos da primeira guerra civil na obra. No entanto do ponto de vista de Úrsula, mãe de Arcario , esta realidade não é diferente da vivida na Colômbia
( País em que se inspira a obra).
O verdadeiro confronto é a recusa daquilo que os prende a uma antiga ordem colonial, um prolongamento da luta pela independência e a aceitação ou não da instalação de costumes europeus. Podemos afirmar que existe uma rejeição da cultura europeia, que resulta numa cultura estranha face a sua. Para além permanece uma necessidade de afirmação da sua própria cultura da aldeia.
A própria aldeia representa uma minoria que é reprimida pela maioria.
Já Montesquieu defendia a diversidade de leis e de costumes de um povo para o outro algo que não existia para a aldeia de Macondo. Pode assim ser denunciado o etnocentrismo por parte das culturas dominadoras

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