CELULAS TRONCO
Ele é o fundador da Análise de Discurso que teoriza como a linguagem está materializada na ideologia e como esta se manifesta na linguagem. Ele concebe o discurso, enquanto efeito de sentidos, como um lugar particular em que esta relação ocorre. Pela análise do funcionamento discursivo, ele objetiva explicitar os mecanismos da determinação histórica dos processos de significação. Michel Pêcheux fez seus estudos na Escola Normal Superior de Paris, obtendo seu certificado para ensinar Filosofia em 1963. Em 1966, ele passou a fazer parte do Departamento de Psicologia no CNRS. Partindo de referências teóricas de G. Canguilhem e L. Althusser, Pêcheux reflete sobre a história da epistemologia e a filosofia do conhecimento empírico, visando transformar a prática das ciências humanas e sociais. Focalizando o sentido, que é o nó em que a Lingüística cruza a Filosofia e as Ciências Sociais, Pêcheux reorganiza este campo de conhecimento. Através do confronto do político com o simbólico, a Análise de Discurso que ele propõe coloca questões para a Lingüística interrogando-a pela historicidade que esta exclui, assim como ela questiona as Ciências Sociais pela transparência da linguagem sobre a qual elas se constroem. Pêcheux compreende o sentido como sendo regrado pelas questões de espaço e tempo das práticas humanas, descentralizando o conceito de subjetividade e limitando a autonomia do objeto da Lingüística. O discurso é definido como efeito de sentidos entre locutores, um objeto sócio-histórico no qual a Lingüística está pressuposta. Pêcheux critica a evidência do sentido e o sujeito intencional como origem do sentido. Ele considera a linguagem como um sistema sujeito à ambigüidade, definindo a discursividade como a inserção dos efeitos materiais da língua na história, incluindo a análise do imaginário na relação dos sujeitos com a linguagem. Propondo um novo suporte teórico para a ideologia, seu método é