Celulas Tronco e a Odonto
Cássia Lasakosvitsch Kolya
Cirurgiã-dentista.
São Paulo – SP [Brasil] cassiak@gmail.com Fernanda Lasakosvitsch Castanho
Editorial
Doutora em Ciências – Unifesp;
Professora do curso de Medicina – Uninove.
São Paulo – SP [Brasil] flcastanho@uninove.br Ponto de vista
Artigos
Instruções para os autores
As células-tronco têm sido empregadas em diversas áreas da saúde, inclusive na odontologia, visando à formação e à regeneração dental. Células mesenquimais e polpa dental são fontes de células-tronco, que podem diferenciar-se em fibroblastos, cementoblastos, osteoblastos, componentes do tecido conjuntivo e odontoblastos envolvidos na formação da dentina. Para que ocorra tal diferenciação, são necessários alguns sinais, denominados morfógenos, que direcionarão as etapas do desenvolvimento e da regeneração dental. Um dos desafios da engenharia tecidual é desvendar esses sinais e etapas para tentar entender as sinalizações necessárias à reprodução de dentes de substituição. Os avanços das pesquisas com células-tronco e a bioengenharia tecidual abrem oportunidades para desenvolver novas terapias, com o intuito de restaurar a integridade estrutural de tecidos dentários.
Palavras-chave: Bioengenharia. Células-tronco.
Morfógenos. Odontologia.
ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 165-171, 2007.
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Introdução
A boca é mais do que “a porta de entrada” de alimentos: malcuidada, pode também ser o caminho para muitas doenças. A falta de cuidados com a boca favorece o aparecimento de cáries e o surgimento das periodontopatias – doenças dos tecidos que circundam os dentes (gengiva, ligamento, alvéolo-dentário e osso alveolar) – que desencadeiam doenças sistêmicas que podem levar à perda dos dentes
(D’ELBOUX; ALVES, 2003).
Vários fatores contribuem para a perda dentária em indivíduos sadios: o hábito de fumar, o consumo de álcool, a má higiene bucal, o estresse, os traumatismos dentais decorrentes de atividades esportistas, entre