celula tronco
Os debates em torno das questões envolvendo o uso das células-tronco têm se tornado mais intensos nos últimos anos à medida que aumentam as pesquisas e, consequentemente, as descobertas de possibilidades terapêuticas das células-tronco, notadamente em países desenvolvidos. Contudo, elas não são uma descoberta tão recente, considerando-se o fato de que o conhecimento na área da genética tem aumentado vertiginosamente desde o início do Projeto Genoma Humano, em 1° de outubro de 1990, nos Estados Unidos da América.
Desde o início do século XX, sabe-se que existem, nos tecidos dos organismos adultos, “células-tronco” que são as precursoras das células diferenciadas. A particularidade destas células é que elas podem, ao mesmo tempo, multiplicar-se de forma idêntica para restituir células-tronco e diferenciar-se para engendrar células especializadas. Além disso, podem também, ao que parece, desdiferenciarem-se para rediferenciarem-se em outra via: experimentos em laboratório demonstraram que células hematopoiéticas de ratos, que normalmente originam células sanguíneas, podem, sob certas condições, produzir células de fígado, de músculo ou de pulmão.
As células-tronco foram descritas inicialmente em camundongos nos anos 1970 e, já no ano de 1981, dois grupos de pesquisa independentes conseguiram imortalizar células-tronco da massa celular interna de blastócitos embriões de camundongo, as quais conseguem proliferar indefinidamente em meio de cultura in vitro sem se diferenciarem, mas apresentando também a capacidade de gerar diferentes tipos celulares dependendo das condições do meio de cultura nos quais são colocadas. Todavia, somente em 1998 foram isoladas e cultivadas as primeiras células-tronco humanas.
No Brasil, as pesquisas com células-tronco são mais recentes, sendo iniciadas em 1999 com o estudo de células-tronco adultas e, somente em 2005, após a aprovação da Lei de Biossegurança, com células-tronco embrionárias. Contudo, é importante destacar que