Cecilia meireles
Um dos maiores nomes da Literatura Brasileira e também da segunda geração modernista no Brasil.
Ela e Rachel de Queiroz foram as primeiras mulheres a conquistar o reconhecimento na nossa literatura.
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, em 7 novembro de 1901.
Perdeu os pais ainda criança e foi criada pela a avó materna (Jacinta, única pessoa viva da família) e pela babá (Pedrina). As duas contavam histórias para Cecília: a avó contava fatos e lendas sobre a terra dos seus antepassados (arquipélago de Açores) e Pedrina falava do folclore.
Em 1910, concluiu o curso primário e recebeu das mãos do poeta Olavo Bilac (o inspetor de ensino na época) uma medalha de ouro com seu nome gravado, prêmio pelo esforço e dedicação durante o curso. Alguns anos depois, formou-se em professora primária. Exercia o magistério ao mesmo tempo que colaborava com quase todos os jornais e revistas cariocas. Estudou também línguas, canto e violino.
Em 1919 (aos 18 anos), lançou seu 1º livro de poemas “Espectros” (elogiado pela crítica).
Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do país e em 1935 começou a lecionar Literatura Luso-Brasileira e Técnica e Crítica Literária na Universidade do Distrito Federal, a dar cursos e a fazer conferências em vários países.
Teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda (atriz que participou da novela Dona Beija, em 1986, da antiga Rede Manchete).
Embora seja mais conhecida como poetisa, nos deixou também contos, crônicas, literatura infantil e folclore (chegou a ser reconhecida internacionalmente como uma grande conhecedora do assunto).
Cecília Meireles foi leitora, admiradora e tradutora dos poetas Tagore (Hindu), Li Po (chinês) e Bashô (japonês).
Ela nunca esteve filiada a nenhum movimento literário, porém algumas publicações iniciais (“Espectros”, “Baladas para El-Rei”) revelam alguma ligação com o Simbolismo.
Sua poesia é intimista e reflexiva (com um tom filosófico), de profunda