CEARÁ DO SÉCULO XIX
RESENHAS: CAPITULO I e II
Fernanda Cristina Lins de Oliveira
IPUEIRAS-CEARÁ
2014
CAPITULO I
Ceará do Século XIX: Uma colcha de retalhos ainda a ser cozida
Neste primeiro capitulo os autores abordam sobre a origem do Ceará, onde é descrito como aconteceu o lento processo de maturação do Estado na primeira metade do século XIX, local esse que era reconhecido por seus moradores como “terra de ninguém”. Através de uma linguagem bastante acessível, o texto traz ótimas citações onde possa ser de grande e agradável compreensão.
Ao ler é encontrada uma característica marcante do capitulo: a violência dos homens do sertão, a violência foi formada no período de processo de colonização os indígenas proveram parte de sua ferocidade primitiva formando homens com uma cultura brutal, todos eram acostumados à violência.
A história transcorre mostrando o inicio da “preocupação” das autoridades em relação a tanta violência no sertão do Ceará, transferindo poder aos “homens bons” esses que podiam criar “autoridade pública” sendo os mesmos a própria família proprietária de terras, da família privilegiada vinham as leis, ordem e punições aos crimes. Essas famílias faziam justiças com as próprias mãos para ganhar mais terras e conseguirem mais poderes entre elas mesmas.
O Estado Brasileiro querendo ser uma nação nacional teria que cumprir com algumas leis, umas delas seriam acabar com poder absoluto e promover rituais pátrios, sendo os políticos escolhidos através de votos, só que tudo isso seria somente de fachada, pois somente 0,25 podiam votar e esses mesmo eram os da elite, assim ficando sempre os da mesma família no poder, segundo o autor até os dias atuais ainda existem famílias no poder de décadas incontáveis.
É possível afirmar que este capitulo é um expoente dos autores Raimundo Alves de Araujo e Reginaldo Alves de Araujo, que deixa o leitor impressionado com a grande