cb300
julho 07, 2011
por Roberto Severo
Comecemos por aqui: a Honda CB 300R freia muito! Ponto.
Confesso que era um pouco cético em relação ao ABS para motos, pois nunca achei que isso salvaria um piloto de um acidente.
Realmente, há circunstâncias que o vivente vai cair sem dúvida nenhuma, e não vai serABS, pensamento positivo, e nem asas que vão salvar, mas constatei que um bom freio, no caso o ABS da Honda CB 300R, ajuda muito, principalmente, para evitar colisões.
Em suma, mudei a minha opinião.
Não é preciso dizer que foi o que mais me chamou a atenção nesta semana de convivência com essa Honda, carinhosamente batizada por mim, “Bloody Mary 300”.
Não pretendo fazer uma matéria nem apologia sobre ABS, até porque não é a ideia deste espaço, mas sim, compartilhar um pouco do conhecimento prático e de pesquisas que obtive durante esta semana em relação ao assunto, e considerando que foi uma das principais características observadas na Honda CB 300R deve ser de interesse geral para os motociclistas.
Os primeiros sistemas ABS foram desenvolvidos inicialmente para aeronaves. Um sistema primitivo foi o sistema Maxaret da Dunlop, introduzido na década de 1950 e ainda utilizado em alguns modelos de aeronaves. Era um sistema totalmente mecânico.
O freio ABS atual foi criado pela empresa alemã Bosch, tornando-se disponível para uso em 1978, com o nome “Antiblockiersystem”, diferentemente do que achava, que era “ Anti-Blocking System”.
A derrapagem é uma das maiores causas ou agravantes de acidentes; na Alemanha, por exemplo, 40% dos acidentes são causados por derrapagens.
A física da derrapagem
A vantagem do freio ABS se baseia num conhecimento da física. Quando as rodas ainda não estão em movimento, elas sofrem com a superfície na qual deslizam com uma força na hora de atrito estático.
Quando derrapam, elas sofrem uma força de atrito cinético. Como a força máxima de atrito estático