Cazuza
Nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de abril de 1958 com o nome de Agenor Miranda de Araújo Neto, mas ficou conhecido nacionalmente por Cazuza. Teve uma certa dificuldade para descobrir que seu negócio era música. Antes de fazer sucesso foi funcionário da Som Livre, fez cursos de fotografias, trabalhou em peças teatrais. E foi exatamente em um espetáculo teatral, "Pára-quedas do coração" que se viu fazendo o que queria: cantar. Em 1981 encontrou-se com as pessoas que viriam a se companheiros de estrada. Conheceu Roberto Frejat, Dé, Maurício Barros e Gutti Goffi (guitarra, baixo, teclados e bateria, respectivamente) que estavam procurando um vocalista para a banda Barão Vermelho que, nesta época, ainda não tinham um .
trabalho próprio. Surgia aí a grande Banda Barão vermelho. O caminho foi o tradicional. Tocavam em alguns teatros, fazia o difícil trabalho de divulgação até o produtor Ezequiel Dias ouviu uma fita demo do grupo. Mostrou a Guto Graça Mello, diretor artístico da Som Livre e tiveram que convencer o pai de Cazuza, João Araújo, a lançar o próprio filho. O começo foi humilde. Uma produção barata e um disco gravado as pressas que agradou o classe artística, tanto que Caetano Veloso viria a gravar futuramente "Tudo que houver nessa vida", música que encabeçava este primeiro trabalho
Neste momento já começava a se delinear o letrista Cazuza. Além de ser um cantor instigante, com sua atitude rebelde, assumidamente bissexual, aparecia o poeta. Um tipo de letras que falava de dores, de sofrimento, de paixões. Recheando ritmos como baladas, rocks juvenis e blues, essas letras causaram intenso impacto. Em 83 foi lançado o segundo disco "Barão Vermelho 2" que não fez assim tanto sucesso. Vendeu mais que o anterior, mas não passou dos 15 mil exemplares vendidos. Mas conseguiu manter a qualidade do repertório e chamou mais atenção para o grupo.