cavalaria medieval
Essas transformações decorreram de melhorias técnicas adotadas na Europa ocidental e transformaram a cavalaria numa atividade altamente dispendiosa, à quais poucos tinham acesso. Os cavalos, raros no mundo cristão, quando apropriados ao combate alcançavam preços elevadíssimos; as táticas de combate exigiam constante renovação da montaria e as peças do armamento, em economias agrícolas e artesanais como as do período feudal, eram também muito valorizadas. Das restrições ao ingresso à cavalaria surgiu uma obrigação do vassalo em relação ao suserano: o dever de ajuda, contribuição obrigatória para auxiliar o senhor a armar cavaleiro seu filho primogênito.
O período áureo da cavalaria feudal transcorreu entre os séculos X e XII na Europa. O título de cavaleiro tornou-se hereditário e constituiu-se uma casta militar que adquiriu, por direito costumeiro, privilégios especiais. A cavalaria tornou-se então um monopólio dos descendentes de cavaleiros.
Do final do século XI a meados do XIII, as relações entre os cavaleiros e o sistema feudal sofreram profunda mudança. As hostes feudais, que haviam sido úteis para a defesa no interior de um reino, mostraram-se ineficientes para expedições prolongadas como as cruzadas. Os reis começaram então a desvirtuar os princípios da cavalaria, outorgando ordens a grandes proprietários de terras e organizando exércitos mercenários.
O fim das cruzadas e a inferioridade militar dos cavaleiros frente à infantaria, aos regimentos de arqueiros e à recém-surgida