Causas da inflação segundo a corrente estruturalista
A corrente estruturalista ou cepalina foi originada na CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, organismo da ONU com sede no Chile. A partir dos anos 50, na América Latina, obteve destaque esta corrente onde leva a entender que a inflação no continente estaria relacionada estreitamente a tensões de custos, causado pela imperfeição na estrutura econômica. De acordo com a corrente, a inflação seria explicada de melhor forma por questões estruturais, o que faz jus ao nome, como a estrutura agrária, oligopólica de mercado e estrutura do comércio internacional. A agricultura não se responsabilizaria pelo crescimento da demanda de alimentos, pelo fato de existir latifúndios não preocupados com as questões de produtividade, o que acarretaria no aumento dos preços dos alimentos. Porem, os grandes oligopólios possuem condições de manterem as margens de lucro, colocando seus aumentos de custos nos preços. Por fim, a inflação seria provocada pelas desvalorizações cambais, o que os países subdesenvolvidos são obrigados a promover, para que haja uma compensação do déficit crônico da balança comercial, causado pelas alterações dos termos de troca no comércio internacional contra países subdesenvolvidos, pela exportação de produtos primários de baixa elasticidade – renda, e importarem produtos manufaturados, de alta elasticidade – renda da demanda. De acordo com a visão estruturalista, as causas da inflação tem associação com os conflitos distributivos, ou seja, na expectativa dos agentes manterem ou aumentarem sua posição dentro desse “bolo” econômico, os empresários defendem suas margens de lucro, trabalhadores procuram manter seus salários e o governo mantém sua parcela através de impostos, tarifas publicas e preços.
latifúndio la.ti.fún.dio sm (lat latifundiu) Propriedade rural de grande extensão, cuja maior parte aproveitável não é aplicada à cultura ou utilizada em exploração