Catroga , Ainda será a história mestra da vida
Catroga , Fernando , Ainda será a história mestra da vida ? - Estudos Ibero-Americanos, PUC-RS, Edição especial, n.2, p. 7 – 34, 2006
O texto se apoia em questionamentos e exemplos a fim de refletir sobre a ideia de que a história seria realmente a mestra da vida ou não.Com uma proposta linear , o autor vai desde os tempos mais remotos aos dias de hoje, entendendo que para a história ser a mestra da vida realmente, ela deve atender as demandas da sociedade atual, respondendo aos porquês e necessidades mais recentes da sociedade em relação não só ao passado como também ao presente e o futuro.
Começando pela análise das épocas mais antigas, o autor claramente se debruça sobre Heródoto em algumas instâncias para lembrar que naquele tempo, a história mais valorizada e levada a sério era aquela que havia sido vista pelo o seu narrador –observação direta , apsis. Próximo a essa observação, Catroga utiliza também Arendt para questionar Aristóteles, quando esse dizia que toda criatura viva estava incluída numa natureza sempre presente, portanto imortal, o autor então reforça com a ajuda de uma citação de Hannah que por outros pontos de vista a mortalidade humana é clara.
Já na idade média , ele expõe que as sociedades da época se remetiam ao passado apenas de maneira religiosa e não em busca de memória ou porquês do presente etc. Tal maneira de se fazer história impedia críticas e um rompimento com o preceito herodotiano , da história narrada através do que foi visto e não além do que foi visto – ousava contar o que ultrapassava esses limites, legitimado única e exclusivamente pela crença. O autor conclui também expressando que é justamente por isso que os historiadores cristãos da época aceitavam e reproduziam , sem quaisquer vigilância crítica , as narrações fomentadas em crenças pessoais.
Após isso, a modernidade executa mudanças profundas na maneira de como é feita a história e para quem ela é feita. De