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Estresse, depressão e hipocampo
Stress, depression and the hippocampus Sâmia Regiane L Joca, Cláudia Maria Padovan e Francisco Silveira Guimarães
Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
Resumo
Descritores
Abstract
Keywords
A exposição a fatores estressantes tem papel importante no desenvolvimento de transtornos depressivos. Os mecanismos envolvidos nesta relação, no entanto, ainda são pouco conhecidos, mas algumas evidências sugerem a participação da formação hipocampal: 1. o estresse pode causar alterações plásticas no hipocampo, que incluem remodelação dendrítica e inibição de neurogênese. Drogas antidepressivas impendem estes efeitos, possivelmente por aumentarem a expressão de fatores neurotróficos; 2. a facilitação da neurotransmissão serotoninérgica no hipocampo atenua conseqüências comportamentais do estresse e produz efeitos antidepressivos em modelos animais; 3. o antagonismo do principal neurotransmissor excitatório no hipocampo, o glutamato, produz efeitos semelhantes; 4. o hipocampo parece estar “hiperativo” em animais mais sensíveis em modelos de depressão e em humanos resistentes à antidepressivos; 5. o hipocampo, em conjunto com o complexo amigdalar, parece ter papel fundamental na consolidação e evocação de memórias aversivas. Não obstante estas evidências, o desafio futuro será o de tentar integrar os resultados destes diferentes campos (farmacológico, molecular, eletrofisiológico, clínico) em uma teoria unificadora sobre o papel do hipocampo na regulação do humor e seus transtornos bem como nos efeitos de tratamentos antidepressivos.
Glutamato. Serotonina. Neurogênese. Plasticidade neuronial.
Stress exposure is an important factor in the development of depressive disorders. Although the mechanisms of this relationship are largely unknown, several pieces of evidence point to an involvement of