Catolicismo
História da Cultura na Antiguidade Greco-Romana
É inegável a contribuição da Igreja Católica na conservação de costumes latinos e, também, da língua em si: o latim. No período em que o Imperador – Constantino – oficializou a Igreja foi marcado pela decadência do império; toda a sua glória e esplendor dissipava-se paulatinamente ao compasso que bárbaros ganhavam espaço e conviviam lado a lado junto aos romanos. Havia, de fato, a dificuldade da penetração do latim em terras conquistadas. O grego ainda estava incrustado – por influência de conquistas passadas por Alexandre, o grande – e bárbaros resistiam à língua igualmente. Com a legitimação da Igreja, esta apropriou-se do latim como sua língua oficial e rigorosamente fez a manutenção da mesma. Bispos enfrentavam invasores e discutiam com os mesmos na tentativa de reduzir suas depredações. Além disso, houve um grande embate entre as religiões católica e muçulmana que disputavam a conversão de fiéis.
Por o Império Romano ter sido uma sociedade jurídica por excelência, a Igreja também adaptou-se ao espírito legalista com ênfase cada vez maior na organização das estruturas eclesiásticas. A sede fora estabelecida – a cátedra – numa das basílicas, encarnando o que foi a ordem e a lei. Através dos bispos e dos clérigos que os assistiam, sobreviveu a ideia de que havia uma lex um jus baseados nos textos escritos e na língua dos imperadores. A latinidade, uma vez inserida no cristianismo, foi o elo pelo qual pode-se manter uma unidade entre as partes disjuntas da antiga formação politica, e que foi responsável pela anexação de territórios outrora perdidos devido a migrações e derrotas.
Carlos Magno é um dos grandes responsáveis por essa conservação da latinidade. Empregou de todos os seus esforços para que a língua – o latim – fosse ensinado onde acampassem seus exércitos. Além disso, chamou a si os melhores mestres das escolas insulares de forma que semeassem a nova latinidade