Categorias Sartreanas
A questão central que preocupava Sartre era resgatar a particularidade perdida pelos marxistas, ao operarem com totalizações sem fazer as devidas mediações. Para ele, o marxista deveria trabalhar as mediações que conduzem dos dados brutos, empíricos, a síntese conceitual.
Ao revelar a importância particularidade, Sartre tinha a intenção de ajudar na construção do marxismo. Para tanto, introduziu a discussão acerca da “ação individual”, alegando que “o marxismo deve explicar também homens particulares em situações particulares”. Assim, Sartre procura conjugar ao marxismo uma dimensão objetiva do existencialismo, refutando, com isto, o objetivismo positivista dos marxistas estabelecido pelas ideias de Engels contidas no materialismo dialético.
O lugar da práxis individual no marxismo objetiva “reconquistar o homem concreto do marxismo”. Com isto, a criação da práxis individual e a reafirmação do método dialético na perspectiva de progressivo-regressivo, facilitando analises particulares para as sínteses totalizadoras.
Sartre utiliza como método a dialética para a elaboração de sistema conceitual sobre grupos. Vale ressaltar que o autor se inspira no materialismo histórico e faz critica ao idealismo hegeliano e também não se alinha a posição de Engels, que segundo ele, reduz o individuo a “coisa”.
Alem disso, observando Engels, Sartre observa que não se deve negar a relação entre a dialética e a natureza e que a natureza contem elementos para afirmar a dialética.
E necessário captar a dialética onde aparece e não onde sonhamos que aparece e não temos meios de capta-las, nesse sentido, e o processo histórico social da práxis do homem que deve ser compreendido sob a ótica da dialética. Assim, a proposta de Sartre, ao criticar Engels, e recuperar o humanismo marxista, criticando a redução do processo humano, a dialética da natureza, pois se corre o risco de coisificar o homem e instituir um