catedral de campinas
A vida religiosa católica de Campinas se iniciou oficialmente em 1739, quando foi fundado, por Barreto Leme, o bairro de Mato Grosso à beira do caminho dos Goiases. Para assistir à missa, os moradores se deslocavam, anteriormente, para a paróquia de Jundiaí - onde existia uma matriz em estilo barroco, datada de 1651 e dedicada à Nossa Senhora do Desterro e que foi remodelada por Ramos de Azevedo em 1886, dando origem à Catedral Nossa Senhora do Desterro, em estilo neogótico.
33 anos depois, já havia 360 moradores no povoado e estes encaminharam uma petição ao vigário capitular do bispado de São Paulo pleiteando a construção de uma capela. Apesar de a petição ter sido impugnada pelo vigário de Jundiaí, os moradores erigiram a primeira capela, construída em taipa e coberta de telhas, a "matriz velha" (hoje, após várias reformas, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo).
Com mudanças na direção da diocese de São Paulo, em 1774, foi nomeado o primeiro vigário da nova paróquia, que mandou construir uma capela de taipa, coberta de sapé, onde hoje se localiza o monumento-túmulo de Carlos Gomes, dedicando-a a Nossa Senhora da Conceição. Desta maneira, em 14 de julho de 1774, foi inaugurada a paróquia da Conceição na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí, com missa cantada, levantamento da pia batismal e benzimento da matriz provisória. A freguesia foi elevada à categoria de vila em 1797 e teve seu nome mudado para Vila de São Carlos.
Em 1807, a câmara da vila determinou o início da construção de uma nova igreja, sendo os imensos alicerces, típicos da construção em taipa de pilão, construídos pelos escravos e abençoados pelo vigário. O primeiro administrador das obras foi Felipe Teixeira Néri. Durante 38 anos, as taipas foram sendo piladas, financiadas por contribuições, loterias e até um novo imposto provincial, a Lei Provincial nº 3, de 9 de março de 1854. A luta pela independência, a Revolução Liberal de 1842 e