Cataguazes
CONSEQUÊNCIAS DO DERRAMAMENTO EM CATAGUASES
O vazamento de resíduos químicos do reservatório da Indústria Cataguases de Papel e Celulose, região da Zona da Mata mineira, ocorrido no dia 29 de março de 2003, atingiu os rios Pomba e Paraíba do Sul e consequentemente 39 minicípios da Zona da Mata e 8 cidades do norte do Rio de Janeiro, originando prejuízos ao ecossistema e à população ribeirinha, que teve o abastecimento de água interrompido.
O volume de rejeitos sólidos foi superior a 1,4 milhões de m3, material resultante do cozimento da madeira para a extração da celulose, composto basicamente de hidróxido de sódio e material orgânico, além de chumbo, enxofre, hipoclorito de cálcio, sulfeto de sódio, antraquinona e outros metais utilizados na fabricação de papel.
O resultado da análise de amostras coletadas na época, pela Feam em quatro pontos da área de influência do reservatório não indicaram a presença de compostos orgânicos tóxicos em concentrações elevadas. A análise não identificou também no córrego Cágado e no rio Pomba metais pesados, acima dos limites determinados pela legislação ambiental.
De acordo com a Feam, os compostos orgânicos são constituídos por lignina, hidrocarboneto e aldeídos. Os elementos de maior concentração identificados na amostra do resíduo foram alumínio, ferro e sódio. Ainda segundo a análise, o pH das águas já apresentava valores próximos da neutralidade nos pontos coletados.
Após um ano do acidente ambiental, de acordo com relatório divulgado Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sobre vistoria feita este ano pelo órgão, na área do acidente ambiental de Cataguases, apontou melhorias nas condições de segurança na região. Porém ainda existem porções de solo nas margens dos rios atingidos sem condições para crescimento da vegetação. A multa de R$ 50 milhões aplicada pelo órgão à Indústria Cataguazes de Papel está em fase de recurso e não foi paga.
Os produtores