Castro alves - o navio negreiro
Antonio de Castro Alves (1847-1871) Autor de uma das obras mais importantes do nosso Romantismo, Castro Alves tornou-se também um dos mais populares e dos mais queridos poetas do Brasil. Castro Alves publica em 1863, seu primeiro poema contra a escravidão "A Primavera" Sua vida foi tão efêmera quanto intensa e brilhante. Nasceu na Bahia e estudou direito em Recife e São Paulo. Já era famoso quando, aos 22 anos (1869) teve que amputar um pé, em conseqüência de um acidente de caça. Em 1871 voltou à Bahia, onde morreu vitimado pela tuberculose. Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos" Castro Alves é o patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.
-Principais Obras
Suas principais obras são: "Espumas Flutuantes", "A Cachoeira de Paulo Afonso" e o drama já mencionado "Gonzaga ou a Revolução de Minas". Ao livro "Os Escravos" pertencem "Vozes d'África" e "O Navio Negreiro", considerados os dois poemas mais representativos de sua obra.
-Resumo da Obra ‘O navio negreiro’
“O navio negreiro – Tragédia no mar” é o exemplo mais vibrante da poesia condoreira. Escrito em abril de 1868, esse poemeto épico refere-se a uma situação anterior a 1850, ano em que o tráfico negreiro foi proibido. Apesar do anacronismo, o poeta tornou-se o mais forte grito de indignação utilizado pela campanha abolicionista. O Poeta descreve a imensidão do mar, e muitos perigos que os viajantes passam. Os marinheiros de todas as nações amam o seu trabalho, pois todos cantam enquanto cruzam os mares. Entretanto, uma música fúnebre surpreende o Poeta. Eis que se apresenta uma cena terrível: inúmeros negros gemem e dançam no convés de um navio. São escravos; homens, mulheres e crianças, de todas as idades, acorrentados e sangrando, sob os açoites da cruel tripulação, que os obriga a dançar para sua diversão. O Poeta clama aos céus para acabar com este horror. O