cassapanca e cassone

No período Renascentista (de 1500 a 1600), a casa adquire o conceito de residência e o mobiliário passa a compor um ambiente. Os móveis são inspirados na arquitetura, e alguns reproduzem esse conceito com tamanha fidelidade que se assemelham a miniaturas de edifícios. A estética das peças é maciça como a do período medieval, porém diferenciada pelo uso de ornamentos como cornijas, cariátides e festões.

“Os móveis deixaram de ser apenas modelos genéricos para passarem a ser elementos fundamentais em redor dos quais toma forma e se desenvolve a casa senhorial... toma-se o gosto pela arte, e a procura do belo no desenho e na decoração são mostrados inclusive nos móveis tradicionais, como camas, arcas e armários” (MONTENEGRO, 1995, p.18, apud GÓES, 2007).

O Renascimento adquire algumas particularidades, como a marcante influência árabe na Espanha.

Cassone, uma arca pintada com temas da antiguidade clássica ou da mitologia grega, e com os pés entalhados na forma de patas de leão, era utilizada como presente de casamento contendo o enxoval dos noivos, entre outros objetos. Poderiam ficar aos pés da cama, mas geralmente era colocados em ambientes principais da casa. As técnicas utilizadas eram a laca, o entalhamento e o entarzamento.

A cassapanca é uma evolução da arca em um objeto de acento “ banco arca ”, era um móvel de guarda, que também servia como assento, com menos ornamentos do que a cassone, e aumenta-se o seu espaldar.A técnica utilizada é o entalhamento. Era de uso do senhor da residência, demarcando seu lugar e importância perante criados e visitantes.