caso samsung
12/08/2013 - 19:36
“Condições da Samsung em Manaus são parecidas com as da China”, afirma ONG norte-americana
Em entrevista exclusiva, Kevin Slaten, coordenador do China Labor Watch, compara situação na China e no Brasil. Na França, ONGs querem processar empresa por propaganda enganosa
Por Carlos Juliano Barros | Categoria(s): Notícias
Entre agosto e setembro de 2012, relatórios publicados pela China Labor Watch (CLW), uma organização não governamental (ONG) fundada treze anos atrás em Nova York (EUA) com a missão de monitorar as condições de trabalho no gigante asiático, arrastaram a multinacional sul-coreana Samsung para o redemoinho que já havia maculado a imagem de sua maior rival, a norte-americana Apple.
Fábrica da Samsung na China. Foto: Reprodução/China Labour Watch
Denúncias de trabalho infantil e condições degradantes em fábricas próprias e de fornecedores instaladas na China arranharam a credibilidade da companhia que é líder mundial do mercado de smartphones, com lucro líquido de US$ 22,3 bilhões no ano passado.
Meses depois, a Samsung veio a público para negar as acusações e comunicar que realizaria auditorias nas indústrias de sua cadeia produtiva. “Ela respondeu dizendo que realizaram auditorias em todas as suas 250 fábricas na China (próprias e de fornecedores). Mas até agora só vimos a publicação dos resultados de metade delas”, afirma Kevin Slaten, coordenador da CLW.
As denúncias feitas pela organização norte-americana repercutiram no meio do caminho entre Pequim e Nova York. Em fevereiro deste ano, um grupo de três ONGs de Paris protocolou um pedido oficial para que o Ministério Público francês processasse a Samsung por prática de “propaganda enganosa”. A justificativa para a ação é que a empresa sul-coreana ludibria os consumidores ao sustentar que oferece condições dignas a seus trabalhadores.
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