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Por Maíra Magro | Valor
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff indicou Rodrigo Janot como o novo procurador-geral da República, sucessor de Roberto Gurgel. O anúncio foi feito neste sábado pelo Blog do Planalto.
Segundo o texto, a presidente considera que Janot "possui todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição."
Janot passará por sabatina no Senado antes da nomeação. O mandato de Gurgel se encerrou na quinta-feira, e por enquanto a chefia do Ministério Público é ocupada interinamente pela vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, Helenita Acioli.
Janot encabeçou a lista tríplice de candidatos encaminhada a Dilma pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e seu nome era tido como o favorito para assumir o cargo. Nas eleições da categoria, em abril, ele foi o mais votado, seguido das subprocuradoras-gerais Ela Wiecko e Deborah Duprat.
Ao indicar Janot, Dilma prestigiou a categoria seguindo a tradição de nomear o primeiro nome da lista enviada pela ANPR. Embora não haja uma regra obrigando a presidente a escolher o mais votado, a prática virou costume desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Mineiro de Belo Horizonte, Janot é classificado por colegas como de perfil diplomático e político. Fez uma campanha ativa para o cargo de chefe do MP, chegando inclusive a contratar uma assessoria de imprensa. Na campanha, criticou o isolamento do órgão e defendeu a ampliação do diálogo institucional. Em entrevista ao Valor, em março, disse que é preciso aumentar a transparência da PGR. “Pretendo, por exemplo, transformar o gabinete do Procurador Geral em um cartório, de tal forma que, com exceção dos processos que estão sob sigilo de justiça, qualquer pessoa possa ter acesso aos prazos de tramitação”, declarou.
Seu currículo inclui um longo histórico de funções institucionais. Foi