Caso fedex 01
A globalização encurtou distâncias e com isso turbinou o comércio mundial. As empresas de entrega rápida são as grandes vencedoras
No céu noturno de Memphis, no sudoeste do Tennessee, nos Estados Unidos, as luzes dos aviões competem com as estrelas. São cargueiros. Eles embicam em fila para a pista do aeroporto em uma frequência tal que os obriga a trabalhar quase no limite do vórtice gerado pelas turbinas do avião antecedente. Entre 11 da noite e 3 da manhã, eles chegam em intervalos de 96 segundos. São cerca de 150 aviões. Uma média de 37 por hora. É um movimento como o de poucos aeroportos do mundo. Viracorpos, em Campinas, o maior aeroporto de cargas do Brasil, recebe 3 aeronaves por hora.
A razão do frenético movimento de aviões em Memphis é a sede da FedEx, a transportadora cuja competição com a UPS e a DHL fez da logística um termo vital no mundo dos negócios. Para os gregos, logística era uma espécie de arena comum em que a matemática e a lógica se desafiavam e se entendiam. Modernamente, é o conjunto de recursos e operações feitos para permitir o transporte de pessoas e mercadorias com o menor custo e no menor tempo. Com suas luzes os cargueiros da FedEx riscam no céu a representação visual do termo logística, de cuja eficiência deriva hoje o ritmo feroz do comércio em termos de globalização turbinada pela internet.
[pic] Com a alfândega funcionando a contento, um consumidor brasileiro de uma grande cidade pode receber em casa no prazo de 2 dias úteis um produto encomendado via internet na Europa. Os mercados do mundo estão hoje entrelaçados. Cerca de 80% dos produtos atravessam alguma fronteira nacional antes de ser consumidos ou empregados na fabricação de algum produto. Empresas globais de transporte fazem a ponte material das operações vitais ao comércio mundial. A ponte virtual é feita pela internet. “Somos a cola que mantém esse mundo unido”, definiu o presidente e fundador da FedEx, Frederick