Caso erêndira (direito)
A Erêndira pouco conhecia do mundo, sua vida era limitada ao relacionamento escravista com sua avó, uma mulher cheia de devaneios. Desde pequena ela era obrigada a fazer as atividades domésticas sozinha, não tinha pai nem mãe, conhecia apenas a avó. O relacionamento entre as duas nada tinha de familiar, existiam ali responsabilidades de empregada para com a chefa.
A vida da jovem Erêndira era muito exaustiva, acordava cedo, cuidava da sua avó, arrumava a casa, assumia sozinha as obrigações de vários empregados. Certo dia, depois de muito trabalhar, Erêndira subiu para o seu quarto, colocou a vela que estava em sua mão na mesa e entregou-se a cama. Ao amanhecer restou apenas o resultado de um incêndio devastador. A vela que se encontrava na mesa caiu, espalhando o fogo pela casa. Percebendo que tinha perdido o único bem material de grande valor que ainda possuía, a avó estipulou que Erêndira só sairia de casa, depois de pagar o valor do prejuízo, forçando a neta além do trabalho domestico à prostituição, ficando com todo o dinheiro arrecadado.
Sem uma residência fixa, Erendira e sua avó percorreram o deserto. Contudo a solução para lucrar, surgiu com a idéia de explorar mais uma vez a neta. A avó desalmada decidiu, então, que a menina usaria seu corpo para pagar a dívida ocasionada pelo incêndio. Erêndira era jovem e virgem, até o momento que foi usada como moeda de troca pela avó, sendo obrigado a ter relações sexuais com um desconhecido. Foi em desespero e angustia que a menina deixou de ser virgem. A senhora cruel e desalmada não levou em conta a árvore genealógica e utilizou Cândida como forma de permanecer sobre o luxo e ostentação da vida passada.
Logo, a notícia de que existia uma jovem bonita e disposta a se relacionar sexualmente em troca de dinheiro se espalhou pelo deserto. Homens de vários lugares chegaram à cabana de Erêndira e sua avó, com o único objetivo de “usar” a menina. A neta não podia