caso dos exploradores de cavernas
A obra de ficção de Fuller relata os votos de uma turma de juízes da suprema corte do condado fictício de Newgarth, no ano de 4300, onde é julgado o recurso movido por quatro membros de uma sociedade espeleológica, ou como se vê pelo título da obra, de exploradores e cavernas que foram condenados à forca em primeira instância pelo crime de homicídio de Roger Whetmore com base no depoimento dos próprios acusados do qual se resume que ao se verem presos acidentalmente dentro de uma caverna sem provisões que pudessem supri-los até seu resgate, acabaram por matar e se alimentar do quinto membro da sociedade, Roger Whetmore, que os acompanhava na exploração da caverna citada anteriormente por meio de um sorteio onde o perdedor (no caso, Whetmore) serviria de alimento para os outros exploradores até que o resgate chegasse até eles.
Essa obra nos trás uma visão importantíssima acerca da disciplina de introdução ao estudo do direito, pois ela nos trás os principais objetos de estudo da disciplina ao nos mostrar uma visão repleta de hermenêutica (ciência do saber / interpretação) e axiologia ( ciência da valoração) por parte dos juízes, que buscam nessas duas ciências e com o auxílio da jurisprudência, suprir a anomia do código penal acerca do fato antijurídico que se apresenta na forma da antropofagia ou canibalismo, do qual os réus foram acusados e condenados em primeira instância, reforçando assim, os seus votos de acusação ou absolvição.
Observa-se também, no julgamento, que há uma discordância por parte dos juízes devida ao uso do direito natural em detrimento do direito positivo por parte dos juízes que buscavam defender os réus argumentando, em uma visão sintética do apresentado na obra, que o fato se de em vista da situação de extrema necessidade biológica pela qual os réus passaram e o local onde se encontravam não apresentava as condições mínimas para a sobrevivência humana e por