Caso di cico
(adaptado de Exame - edição 879, pp. 60-61).
Não importa se é para falar com um fornecedor importante ou para fechar uma venda de peso. Na rede Dicico de material de construção, toda ligação telefônica é automaticamente desligada após 3 minutos de conversa-. A regra se aplica a todos os funcionários - do mais humilde caixa a todos os membros da diretoria. "Economizo onde posso", diz Dimitrios Markakis, presidente e dono da empresa, 42 anos, economista e administrador, um dos antigos donos da rede de supermercados “Cândia”. Nenhuma das lojas da “rede” tem som ambiente. A razão? “Para não ter de gastar com sistemas de som e CDs", diz o empresário. Ar condicionado? Só nas lojas perto do litoral ou em cidades do interior onde a temperatura costuma ser elevada. Dimitrios dirige o mesmo carro há nove anos e não tem secretária particular. Sua mesa de trabalho divide espaço com as mesas de outros sete diretores na sede da empresa no bairro do Ipiranga em São Paulo. Apesar da proximidade com a cúpula da empresa, é Dimitrios quem estabelece as regras do jogo.
A fórmula espartana pode parecer exagerada, mas vem ajudando a transformar a Dicico. Em 2006 a empresa apresentou um faturamento de 400 milhões de reais, um crescimento de 40% em relação ao ano anterior. Em um ano a empresa abriu cinco novas unidades enquanto as concorrentes somadas inauguraram apenas quatro. Para crescer, Dimitrios aplicou o que denomina de "choque de gestão", uma série de providências para qualificar a empresa com processos destinados a reduzir custos, oferecer produtos que atendam as necessidades dos clientes e remunerar melhorar seus colaboradores.
A primeira destas providências foi investir em tecnologia, aumentando assim a eficiência das tarefas. "Nossa preocupação é municiar a equipe com recursos que lhe permitam trabalhar em melhores condições (na prática, fazer mais e de preferência em menos tempo)". Para isso, ele colocou 1600 palm-tops