Caso concreto
Questão discursiva:
Leia o caso concreto e responda as perguntas apresentadas:
O ganhador do prêmio Nobel de Medicina James Watson, pioneiro no trabalho de deciframento do genoma humano, causou espanto ao reacender com força total uma polêmica que parecia definitivamente superada pelos próprios geneticistas. O pesquisador americano, de 79 anos, declarou ao jornal "The Sunday Times" ser pessimista sobre a África porque as políticas ocidentais para os países africanos eram, erroneamente, baseadas na presunção de que os negros seriam tão inteligentes quanto os brancos quando, na verdade "testes" sugerem o contrário. Watson não apresentou argumentos científicos para embasar suas ideias nem especificou que "testes" seriam esses. Afirmou apenas que os genes responsáveis pelas diferenças na inteligência humana devem ser descobertos dentro de 10 a 15 anos. Essas afirmações constam em um livro que será publicado na semana que vem, e no qual Watson escreve que não há motivo algum para crer que "as capacidades intelectuais de povos separados em sua evolução tiveram que evoluir de modo idêntico". Para o geneticista Sergio Pena, professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG, há uma relação genealógica entre todas as populações do mundo, incluindo a europeia, e a África. A Humanidade moderna emergiu na África há menos de 200 mil anos e só nos últimos 60 mil anos saiu deste continente para habitar os outros: - Do ponto de vista evolucionário, somos todos africanos, vivendo na África ou em exílio recente de lá. Não faz sentido haver diferenças biológicas entre africanos e povos de outros continentes. Na opinião do geneticista, nos últimos 500 anos a África tem sido vítima de um imperialismo europeu impiedoso e selvagem, que criou dissensões entre grupos étnicos e manteve o continente economicamente de joelhos. (O Globo, 19/10/2007).
1. O cientista James Watson estaria inspirado nas concepções positivistas (neste caso o Darwinismo