Caso clinico - toque
Paciente encaminhado ao serviço de psiquiatria do Hospital das Clinicas da UFMG pelo Hospital Dia do Hospital Psiquiátrico Galba Velloso em 16/09/96.
Identificação
NVS é um jovem de 18 anos, leucoderma, solteiro, sem profissão, estudou até a quinta série do primeiro grau e é natural do interior de Minas Gerais, onde reside.
História da Moléstia Atual O paciente afirma que na quinta série, quando estava com 15 anos, "vinhaem sua mente" durante as aulas a imagem de um colega agredindo-o. Nesse momento, sentia-se obrigado a apagar a frase que estivesse escrevendo e a se imaginar agredindo o seu colega. Em outras ocasiões, relata que surgião em sua mente imagens de visinhos agredindo sua mãe, tendo que se imaginar batendo nos visinhos. Nesse período, apresentou uma lesão no membro superior direito, tendo sido diagnosticada leishmaniose e submetido a tratamento específico. Relata que seu médico o informou que poderia ficar com lesões permanentes no menbro superior e, principalmente no nariz. Diz que sua mãe discutia com os outros sobre sua doença, mas não comentava sobre isso com ele, motivo pelo qual passou a ter medo de ser portador de câncer, tendo também, " ouvido falar " sobre " amputação debraços ". Desde então, começou a " imaginar " o branço amputado, tendo que, para boter alívio, repetir o movimento que estivesse fazendo no momento de maneira invertida e imaginar o braço sadio. Passou a ter pensamentos onde se via morto no caixão. Nessas ocasiões, tinha que imaginar pelo menos duas pessoas no caixão, usualmente seus irmãos, e se imaginar com o nariz. Nos três anos subsequentes o paciente parou de frequentar a escola. Fazia matrícula e comàrecia as aulas no inicio do ano, mas depois interrompia, pois dizia que não " aguentava prestar atenção em nada " .
Atualmente o Paciente encontra-se sem se alimentar adequadamente, engerindo apenas sopa. Constantemente, relata que " a voz da mãe à a sua mente " doi seguinte modo : " o N. está com