Todo mundo tem um filme preferido. Um filme que bate forte em seu coração. Um filme que não importa quantas vezes você já assistiu, sempre assiste novamente. Um filme que você considera perfeito e que não mudaria nada nele. O meu filme preferido é Casablanca (1942), a genial produção que imortalizou Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Muito já se falou sobre este filme. Ele figura em todas as listas de melhores filmes da história, a maioria das vezes, na primeira posição. Seguramente, é o filme mais amado de todos os tempos. Assim, vou tentar contar um pouco da história deste filme maravilhoso e, caso você, meu querido leitor, ainda não tenha assistido, estimular que o faça. E, mesmo que já tenha assistido, que o faça novamente. Em qualquer das duas hipóteses, tenho certeza, você vai gostar do que vai assistir. Casablanca é derivado da então inédita peça "Everybody comes to Rick's" de Murray Burnett e Joan Alison. Murray Burnett escreveu o livro após ter visitado um café no sul da França em 1938 e, em 1941, Joan Alison o ajudou a transformá-lo em peça. Em Janeiro de 1942, Irene Diamond convenceu o produtor da Warner, Hal Wallis a comprar os direitos da peça para o cinema. Feita a compra, ela foi enviada para os irmãos Julius e Philip Epstein para que escrevessem o roteiro. Porém, em virtude do momento e contexto histórico em que os Estados Unidos se encontravam, os irmãos tiveram que deixar o roteiro inacabado para desenvolverem uma série de filmes destinados ao esforço de guerra sob a direção de Frank Capra. Com isso, o roteiro foi enviado a Howard Koch que ficaria responsável pelo mesmo até a volta dos irmãos Epstein. Apesar do bom trabalho de Howard Koch, o filme necessitava de boas cenas românticas. Assim, Casey Robinson, roteirista da Warner, passou três semanas reescrevendo as cenas. Fica aqui a nossa homenagem a ele, pois, Casablanca jamais teria se tornado o ícone que é sem suas maravilhosas cenas