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I. FORMULANDO O TEMA E O PROBLEMA DA PESQUISA
1. TEMA
É o assunto que se deseja pesquisar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, de sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria etc. O tema também pode ter sido "encomendado" por instituições, grupos sociais, etc., o que não lhe tira o caráter científico.
2. A DÚVIDA E A CURIOSIDADE COMO BASE
Ter lampejos e ideias brilhantes iniciais não é necessário. Outra coisa, entretanto, é fundamental: curiosidade. É preciso estar curiosos a respeito de uma situação ou tema. Ou seja: é preciso ter dúvidas, reconhecer que não sabemos alguma coisa sobre a questão de nosso interesse.
É por isso que um problema de pesquisa toma, frequentemente, a forma de uma pergunta. “O que será que...?” “Como tal coisa se caracteriza?” “Que sentido tem...?” “Por que tal processo acontece?” “Que diferenças existem entre...?” “Quais as formas diversificadas e variações de tal processo comunicacional?”
Ora, não é qualquer “não saber” que pode gerar diretamente pesquisa. Vamos afastar alguns “não saberes”, para evitar riscos.
Primeiro aqueles que, para serem supridos, basta uma ida à biblioteca. Eu não sei uma porção de coisas que posso prever, entretanto, que alguém sabe (tipicamente: o especialista, o professor, os livros). Nossas dúvidas, aí, não levam à pesquisa, mas ao estudo. Claro que, em uma pesquisa, aparecem também estas dúvidas – que serão resolvidas na biblioteca ou em consulta a especialistas. Mas não formam o eixo da pesquisa. São complementares.
Depois, vamos afastar as questões que decorrem apenas de uma “falta de prática”. Se não sei escrever uma reportagem apesar de ter aprendido “as regras”, resolverei essa dúvida, essa curiosidade legitima sobre “como se faz” simplesmente praticando, e não pesquisando para aprofundar o conhecimento das regras. Junto com esta exclusão vamos