Casa do Sertanista
RELATÓRIO DE VISITA - CASA DO SERTANISTA
SÃO PAULO
2013
O local escolhido para a realização deste relatório, foi a Casa do Sertanista ( conhecida também como Casa Caxingui ), situada na Praça Doutor Ênio Barbato, no bairro do Caxingui. É uma das típicas casas Bandeiristas, construída provavelmente por volta do século XVII em taipa de pilão, técnica usada na Arquitetura Colonial Brasileira, nos séculos XVII, XVIII e XIX.
Não se sabe exatamente quem a construiu, apenas que seu primeiro morador foi o Padre Belquior de Pontes e posteriormente a casa pertenceu a outras duas famílias (sendo umas delas a família Penteado), depois foi vendida para a Cia City de Melhoramentos, que a doou em 1958 para a cidade de São Paulo, onde foi restaurada e se tornou o Museu do Sertanista, destinado à cultura indígena. Atualmente a Casa do Sertanista recebe a instalação “Casa das Fontes”, da artista Sandra Cinto. Outros exemplos de casas Bandeiristas: Casa do Tatuapé, Casa do Sítio Ressaca e Casa do Grito.
Aspectos Construtivos
A técnica construtiva empregada neste tipo de imóvel era a de taipa de pilão, que consistia em socar o barro com a mão de pilão entre pranchas verticais de madeira formando assim as paredes. Essas paredes chegavam a ter cerca de 50 cm de espessura, e levavam cerca de 30 dias para secar, isso quando as condições climáticas eram favoráveis. As paredes internas às vezes eram feitas de pau-a-pique (entrelaçamento de madeiras roliças, onde os vão eram preenchidos com barro). Essa técnica é de origem árabe. Introduzida pelos portugueses, foi muito utilizada pelos paulistas que, devido ao seu isolamento geográfico e dificuldades de transporte dependiam essencialmente do barro como recurso para construção.
Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-1/ecovilas/taipa_pilao.htm Fonte http://www.estacaoradical.com.br/eco/construcoes.htm