Carvão Mineral
O carvão mineral é utilizado há mais de 2000 anos, desde, pelo menos, a época da ocupação romana da Inglaterra, quando era usado para aquecer as casas dos romanos. No entanto, sua importância maior surgiu com o desenvolvimento das máquinas a vapor, graças a seu alto conteúdo energético e sua grande disponibilidade na Europa e Ásia, e posteriormente no nordeste dos Estados Unidos. Ainda hoje é um componente importantíssimo na matriz energética de diversos países, por exemplo, Estados Unidos e Inglaterra.
No Brasil, a existência de carvão no sul de Santa Catarina é conhecida desde 1827, quando tropeiros, acampados na região conhecida como Barro Branco, perceberam que algumas das rochas que haviam utilizado para a montagem de uma fogueira haviam entrado em combustão, transformando-se em cinza. No entanto, foi somente durante a II Grande Guerra que a exploração de carvão ganhou relevância, devido à necessidade de substituir os combustíveis importados. Outro grande avanço deu após a primeira grande crise de petróleo (1973/1974), quando houve um enorme incentivo à produção de recursos energéticos alternativos. Atualmente, a produção brasileira de carvão mineral é praticamente é toda consumida em termoelétrica, ou seja, em usinas de geração de energia elétrica que usam o calor gerado pela combustão desse combustível, representando hoje cerca de 1,5% do matriz energética do Brasil.
Como se forma o carvão?
O carvão é uma rocha sedimentar combustível, formada pelo soterramento e compactação de uma massa vegetal em ambiente anaeróbico, em bacias originalmente pouco profundas (da ordem de dezenas a centenas de metros). À medida que a matéria orgânica vegetal vai sendo soterrada, começa o seu processo de transformação em carvão, devido, principalmente, ao aumento de pressão e temperatura, aliado a tectônica. Graça ao ambiente anaeróbico, e com a crescente compactação, os elementos voláteis e a água, presente na matéria orgânica original, vão sendo