Cartografia
Na medida em que o homem paleolítico descobria sua capacidade técnica e ia impondo-se para a Natureza, mais se tornava vital localizar-se; para a busca de alimento e de abrigo, assim como para defender-se dos animais ferozes, era totalmente necessária tal noção de espaço.
Com o passar do tempo, fez-se a necessidade de traçar rotas comerciais, rotas de navegação, estratégias de guerra, localização de recursos etc. E, cada vez mais, as necessidades iam se multiplicando. Assim, desde o homem paleolítico, passando por egípcios, árabes, chineses, gregos, navegadores europeus, até a época atual, o conhecimento e a localização dos fenômenos geográficos foi sempre uma necessidade.
Atualmente, num mundo onde reinam os grandes grupos econômicos, informações sobre fenômenos geográficos tornam-se ainda mais urgentes, por se configurar num tipo de conhecimento que também é estratégico: conhecer o planeta possibilita seu maior controle.
O conhecimento e a representação sistemática das formas geográficas do planeta recebe o nome de cartografia. A cartografia, portanto, é a arte de representar graficamente uma área geográfica numa superfície plana, como em um mapa ou gráfico. Tais representações podem incluir superposições de diversas informações sobre a mesma área, através de símbolos, cores etc.
A arte de cartografar data da Pré-História, quando era usada para delimitar territórios de caça e de pesca; na Babilônia, os mapas do mundo já eram impressos em madeira num disco liso. Porém, foi apenas no século III a.C. que se constituíram as bases da moderna cartografia, com a construção de um globo que possuía um sistema de latitudes e longitudes. No século II, Ptolomeu desenhava mapas em papel, representando o mundo dentro de um círculo, sendo imitado na maioria dos mapas confeccionados até a Idade Média.