cartilha anama agric familiar
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Grandes mudanças ocorreram na forma de fazer agricultura depois da utilização de tratores e o uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos. Muitos agricultores mudaram seus sistemas e técnicas e passaram a depender destes insumos para manter a produção.No entanto, essas mudanças não aconteceram sozinhas. A intensificação da produção a partir de insumos favoreceu principalmente grandes agricultores e criou dificuldades para a pequena produção. A agricultura dependente de insumos externos aliada a variações nos preços dos produtos agrícolas deixam a produção familiar fragilizada e levam as terras a empobrecerem.
Na Região do Litoral Norte do Rio Grande do Sul estas mudanças aconteceram um pouco diferente. A recuperação da fertilidade dos solos que era feita através do sistema pousio-corte-queima (coivara), deixou de ser feito devido à necessidade de manter mais e maiores áreas de roça para garantir o sustento familiar. Porém, com o passar dos anos, as terras sem descanso sofrem erosão e perdem sua fertilidade. Com a evolução das leis ambientais, o sistema tradicional de queimada foi proibido o que dificultou ainda mais a continuidade destas formas de manejo.
Cultivos como o fumo, horticultura e a bananicultura incorporaram de forma mais intensiva o uso de adubos e agrotóxicos. Atualmente, estes sistemas de produção tem sua viabilidade econômica dependente das variações do preço de compra dos insumos e dos preços de venda. Isso coloca muitos agricultores numa condição desfavorável, sobretudo aqueles que dependem de financiamento. Nesta cartilha procuramos abordar algumas práticas e técnicas que podem auxiliar os agricultores a quebrarem este ciclo e tornarem-se mais independentes, buscando maior qualidade de vida para suas famílias e melhorando o seu principal recurso de produção: a Terra.
Azedinha (Oxalis oxyptera)
Terra argilosa, pH baixo, deficiência de Ca e de Mo.
Beldroega (Portulaca oleracea)
Solo fértil, não prejudica as lavouras, protege o