Carta de Atenas 1931
Em Outubro de 1931 foi elaborada, durante o I Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos em Monumentos, a Carta de Atenas. Este congresso contou com a presença de 120 peritos de 24 países, e tendo como temática a longevidade dos monumentos históricos susceptíveis de ameaça externa, aqui se constituiu o primeiro acto normativo internacional exclusivamente dedicado ao património e incidindo sobre a problemática do restauro de monumentos.
Enquadrando a elaboração desta carta no período que caracterizou a Primeira Guerra Mundial e inserindo-a no período intermédio do Segundo Conflito Mundial que foi marcado pela crise económica associada à crise de consciência social/política, à emergência e expansão das ditaduras nacionalistas extremas, à quebra da bolsa de Nova Iorque, e toda uma série de acontecimentos que repartiram povos e inconsciências políticas tornou-se urgente iniciar-se uma resolução pacífica da ordem mundial. No entanto, com o desenrolar bélico de 1939 - 1945 esta Carta revelou-se impulsionadora de esboços iniciados no Século XIX.
A Carta de Atenas, revela-se como o grande marco transformador da mentalidade/cultura(s) que procuram sobrepor a união humana a interesses individuais tão próprios dos colonialismos e imperialismos antecessores. A recuperação do centro histórico de Atenas foi, sem dúvida, a grande prova da cooperação técnica e moral entre diversos especialistas oriundos de variadas proveniências. Este congresso veio exprimir o desejo de valorizar, restaurar e recuperar os monumentos degradados. Foram discutidas e acordadas medidas legislativas e administrativas referentes aos monumentos históricos, às técnicas de conservação, ao papel da educação no respeito pelas heranças materiais e a utilidade da documentação internacional enquanto serviço internacional de cooperação entre os Estados envolvidos.
Sucintamente, apresentam-se os princípios dos sete artigos da Carta de Atenas:
I. Doutrinas e