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A Revolução Constitucionalista de 1932 (também conhecida como Revolução de 32 e/ou Guerra Paulista) foi um movimento cívico-político-militar que sua preparação em vários estados, mas foi centralizado no Estado de São Paulo.
Naquela época, o Estado de São Paulo era o maior produtor de café e estava prestes a se tornar, também, o maior produtor de açúcar. Isso fez os estados nordestinos pedirem medidas que limitassem a produção do Estado – que era o polo do trabalho, da indústria, da cultura, da exportação, da tecnologia etc.
O deputado soteropolitano Artur Neiva declarou que “São Paulo é locomotiva puxando vinte vagões vazios”, o que provocou a mágoa de muitos.
A eleição de 1930 estava chegando. Os operários estavam sendo ousados: pedindo aumento salarial e redução de jornada de trabalho, porém a Lei Celerada de 1927¹ reprimiu a liberdade de organização e anulou conquistas que foram conquistadas com muito suor.
O Partido Democrático – o opositor ao Partido Republicano Paulista – assustou a sociedade e o governo quando saudou o Luís Carlos Prestes, líder notório da fermentação tenentista. Para tratarem de assunto para uma mudança e modernização no país, porta-vozes paulistas e gaúchos foram à Buenos Aires, na Argentina, discutir com tenentes que viviam em exílio. Seja por votos ou por tiros, as mudanças tinham que acontecer.
A quebra da bolsa de Nova Iorque afetou a indústria cafeeira e fez com que todo o Estado de São Paulo entrasse em falência por causa de dividas e inadimplências arrastando consigo a economia nacional. O café foi visto como “primeiro vilão da ordem constituída” segundo Assis Chateaubriand.
O governo estadual depositou sua confiança em Washington Luís. À ele, o governo federal negou a ajuda da moratória, fazendo comprometer o apoio constante das potencias agrarias. Os colonos estrangeiros foram obrigados a entregar suas propriedades rurais aos bancos para passar dividas. Assim, o panorama