Carole Pateman - Feminismo
- Pateman tem a visão de que a única maneira de as mulheres terem permissão de entrar na esfera pública é imitando os homens.
- Carole questiona a liberdade e igualdade dos indivíduos na sociedade, na esfera pública e privada. Seu posicionamento uma releitura de teóricos clássicos, como Hobbes, Locke, Mill e principalmente, Rousseau.
- Segundo Rousseau, a esfera doméstica (privada) é considerada a província exclusiva da mulher, por se enquadrar, e estar ligada à maternidade e reprodução biológica, laços emocionais e relação de parentesco. Já a esfera pública, seria ligada à razão, liberdade, autonomia, educação, debate racional, e as mulheres não estariam enquadradas a essa esfera, por estarem mais sujeitas a suas funções biológicas, e relacionadas à reprodução. Logo a entrada na esfera pública se torna problemática, antinatural, e um perigo para o funcionamento ordenado da sociedade, por serem incapazes de sublimar suas paixões, desejos naturais, e não tendo senso de justiça.
- Dentro nisso, Pateman questiona o indivíduo livre, de uma sociedade democrática, que no caso seria apenas o homem.
- Até mesmo os teóricos contemporâneos da justiça, como John Rawls, não abordam o problema de como evitar o fato de associar as mulheres á natureza. Ou seja, a teoria de justiça precisa explicar, também, como as mulheres podem ser incluídas na sociedade justa e livre.
- Pateman cita como política atual, o homem como livres e universais (ligação com esfera pública), e a mulher como natural, logo não livres e particulares (ligação com esfera privada, doméstica)