Carol
Heidegger pode ser incluído na corrente filosófica contemporânea denominada Fenomenologia.
O importante para Fenomenologia não são as metas a serem atingidas, mas o próprio caminhar. A importância está menos nas respostas, mas fundamentalmente em colocar questões. A Fenomenologia pode se encarada como uma crítica do modo corriqueiro de conhecimento.
Segundo Heidegger o ser é possibilidade, portanto não é algo pronto ou acabado, mas é constante vir a ser. O ser não pode ser apreendido e capturado na sua totalidade - de uma vez - ele se dá mostrando - se e ocultando-se, ele mostra algo e vela algo.
Por não ser pronto e acabado não permite que se crie uma teoria geral a seu respeito ou que se generalize quando discorremos sobre ele. O que segundo Heidegger aconteceu, foi que a "Tradição” (filosofia/ciência} confundiu o ser com o ente, e por isso, buscou um princípio geral que o explicasse.
Para apreender o ser que é possibilidade, vir a ser, precisamos de um método próprio, diferente do método científico que visa um fim.
A própria Fenomenologia já traz um conceito de método. Deixar as coisas aparecerem como são em si mesmas.
Não está mais em jogo, como no método científico a busca de uma certeza ou segurança, mas a busca do desvelamento gradual do ser (sabendo - se que sua estrutura implica um velamento).
O método científico visa o desvelamento e captura total da realidade para controlá - Ia (prever para prover). O método fenomenológico visa colocar questões e o desvelamento gradual do ser.
O método pelo qual entendemos o movimento do ser é o círculo hermenêutico, este não é baseado em uma lógica linear, mas circular, onde sua fases se interpenetram formando um todo