Carnaval
Não possui amor próprio e usualmente define a si mesmo como sendo "um lixo humano, uma criatura insuficiente e fracassada, que não tem direito de conviver com os demais". Desse modo, alguns tendem a se afastar da família e dos amigos, buscando poupa-los do mal que presumem ser a sua presença. Com o tempo, se veem executando sozinhos atividades que costumavam fazer em grupo.
Geralmente afirmam automutilar-se com a intenção de interromper uma dor emocional muito forte. A maioria alega se tratar "de uma espécie de troca, da dor emocional pela dor física". Além disso, vários automutiladores se ferem também como uma forma de punição, por se sentirem insuficientes e fracassados, "um lixo humano", como eles próprios se definem; dentre outras razões. Todos eles descrevem o desejo automutilador como algo incontrolável, como um vício do qual, ainda que queiram, não conseguem se libertar.
Logo após uma crise, em que o automutilador fere o próprio corpo ou apresenta qualquer outro comportamento autoagressivo, o sentimento que permanece é, geralmente, de culpabilidade. O indivíduo geralmente chora muito e a sensação de fracasso é extrema.
Possui extrema dificuldade em falar sobre si mesmo, principalmente sobre a doença, pois tem medo de não ser aceito, julgado ou incompreendido, pois a grande maioria das pessoas que não passam pelo mesmo não compreendem este comportamento e/ou a sua origem.