Carlos Wa
“A fingida caridade do rico não passa da sua parte de mais um luxo; ele alimenta os pobres como cães e cavalos.”
A frase de Rousseau acima, carrega a sua certeza de que a existência de ricos e pobres é a prova da desigualdade entre homens oriunda da criação da sociedade, sobretudo, da fundação do Estado. O pensador apreciava e acreditava que o homem por natureza tem direito a tudo, ou seja, ninguém é maior que o outro, embora a natureza ofereça desigualdades irrelevantes. Mas, o princípio da formação de Estado ou a vida em sociedade que segundo Thomas Hobbes traria equilíbrio era mais uma teoria de desigualdades que não aumentaria qualquer noção de humanidade ao homem que nasce bom e a sociedade o corrompe de tal modo que seus propósitos são repletos de injustiças. Para ele, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a Natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar.
Consciência Moral
Rousseau acredita no dualismo moral: “somos tentados pelas paixões e detidos pela consciência”.
As paixões são a voz do corpo;
A consciência é a voz da alma;
A consciência nunca engana, é o verdadeiro guia do homem;
A moralidade de nossas acções está no juízo que delas fazemos.
Para Rousseau, os maus triunfam neste mundo, enquanto o justo é infeliz. Porém, a justiça divina recompensaria os bons e puniria os maus, que são culpados de serem assim: “dependia deles não se tornarem maus”.
Filosofia
Como Hobbes antes dele, Rousseau iniciou sua filosofia política em O Contrato Social imaginado os seres humanos num "estado de natureza" para descrever as origens da organização social. Diferentemente de Hobbes, apresenta uma concepção romântica da natureza humana. Segundo Rousseau, em seu estado original mítico os seres humanos estão em união com a natureza e exibem