Carlos Vainer
Carlos Vainer –
Há tempos existem movimentos, mas não tão concentrados como ocorreu ultimamente, principalmente em junho/2013. Importante ressaltar uma frase citada em seu texto, que “Uma fagulha pode incendiar uma pradaria”. Isso deixa claro que o povo já estava pronto para explodir, e que, usando como exemplo, para ilustrar essa idéia, que não foram somente os 0,20 centavos, mas sim que esses 0,20 centavos de aumento na passagem foi a fagulha que fez o povo sair as ruas reivindicando dezenas de direitos que consideravam suprimidos.
É notório um “apassivamento” do povo nos últimos 10, 20 anos, e que esses protestos acabaram com isso. Com o passar do tempo, diversas transformações urbanas foram contribuindo para todos estes protestos e manifestações. A cidade acaba sendo tratada como uma empresa, uma mercadoria, entregue à grandes empresários e monopólios, que ditam o ritmo econômico. Como conseqüência, pode haver varredura de famílias para áreas “inabitáveis” para “limpar o terreno”, varredura de favelas inteiras. Essa idéia de cidade como “empresa, mercadoria” faz sentido, e são esse grande monopólio que acaba decidindo a manipulação de uma cidade.
A cidade transformada em empresa agrava as desigualdades sociais e a destrói a “dimensão pública” das cidades. Há também a idéia da cidade de exceção. Há áreas onde há, em conseqüência de investimentos, sofrerem uma verdadeira limpeza, onde populações pobres são expulsas para as periferias e nada podem fazer por seu “fraco poder aquisitivo”.
Mauro Iasi – Podemos dizer que estamos acostumados à forma como o capital se encontra e articula em nossa cidade. Conscientemente, nos faz crer que as relações social e de capital que se encontram, estão em normalidade. A ideologia “ditaria” nossa consciência, para aceitar o aumento disso, daquilo, com passividade, naturalidade e sem revoltas. Essa “Ideologia” diz pro povo que ta tudo bem, que não é pra se preocupar com