Carimbo de galo
DCHT – CAMPUS XXIII – SEABRA
Carimbo de galo
Daiane Santos Almeida1
Gilma Flávia2
E tem sido tão raro parar para pensar na vida, nas memórias, nas lembranças do que um dia já se viveu...
É uma falta de tempo sem igual até mesmo para falar de nós. Se bem que falar de nós mesmos nunca foi tarefa fácil, ao menos para mim. Esquecemo-nos muito rápido das coisas que por algum motivo não tem o porquê de serem lembradas, mas elas continuam lá na memória, em algum lugarzinho onde ficam guardadas, bem guardadas, e só voltam à tona do consciente quando algo muito significativo as desperta.
No meu caso, específico, uma brincadeira de infância me remete à volta de muitas lembranças. Quem não se lembra de uns carimbos vazados com o desenho do contorno do corpo dos mais diversos animais¿ o meu preferido, o que mais me fascinava era o desenho do galo, não sei ao certo o porquê talvez pela quase infinita possibilidade de colorir para melhor representar as cores vivas do animal. O fato é que TIA ILMA, minha primeira professora, me lembro saudosa e carinhosamente, sempre enchia as paginas do meu caderno com as figurinhas dos carimbos no fim da aula. Era encantador ver todos aqueles bichinhos ali, em meu caderno, e o que mais me intrigava era saber como animais grandes e pequenos cabiam todos ali, na mais perfeita harmonia. Era de galos, lindos, a hipopótamos que eu achava feiosos a ponto de serem amedrontadores. Eram lindos os meus dias e tardes na escola na minha primeira série do maternal. Tantas coisas, tantas descobertas, tantos medos, enumeras vontades incalculáveis. Não tenho uma razão logica para estar falando disso, de tudo isso. O fato é que quando me foi apresentada essa proposta para recapitular e dividir com vocês, caros colegas, uma memoria minha, me veio de imediato em sobressalto a lembrança de TIA ILMA. E eu confesso que não sabia como iria fazer isso, mas sabia que teria de cita-la de alguma forma. De todos os