Carga nuclear efetiva
Hélio Anderson Duarte
Os conceitos de fator de blindagem e carga nuclear efetiva são geralmente evocados para explicar a estrutura eletrônica dos átomos e as propriedades periódicas em cursos introdutórios de Química nas universidades. As regras de Slater e, mais recentemente, a idéia de percentagem de blindagem, têm sido usadas de forma semi-quantitativa para estimar o fator de blindagem e relacioná-lo com as propriedades periódicas. Dados experimentais como sucessivos potenciais de ionização e os dados de espectroscopia fotoeletrônica de raios X (XPS) permitem avanços no entendimento do fator de blindagem. Neste artigo mostra-se que esses dados correlacionam-se muito bem com Z2, como previsto pelo modelo atômico de Bohr. No entanto, os dados demonstram que elétrons de camadas mais externas são capazes de blindarem os elétrons mais internos em relação ao núcleo, em desacordo com a 2a regra de Slater. Ressalta-se assim o caráter probabilístico da Química Quântica e a interpenetração das funções de onda. Usando-se o modelo de Bohr, é possível estimar a carga nuclear efetiva a partir de dados experimentais. As conseqüências de uma abordagem com ênfase no conceito de átomo e de sua estrutura eletrônica para a compreensão de novas técnicas e tecnologias são brevemente discutidas. carga nuclear efetiva, fator de blindagem, estrutura eletrônica
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Recebido em 28/11/02; aceito em 27/3/03
suas bases matemáticas e físicas, o curso introdutório sobre parece um tanto pretensioso e correestrutura eletrônica dos átomos se o risco do ensino tornar-se mais e propriedades periódicas, informativo, em detrimento da aprendigeralmente utilizamos os conceitos zagem. Geralmente, nos livros de Quífator de blindagem e carga nuclear mica Geral, a estrutura eletrônica dos efetiva. Estes conceitos surgem ao se átomos polieletrônicos é tratada de forutilizar a solução exata da equação de ma superficial, relacionando a carga Schrödinger para o