Carater social da liberdade
A moral, ao mesmo tempo que é o conjunto de regras de como deve ser o comportamento dos indivíduos de um grupo, é também a livre e consciente aceitação das normas. A exterioridade da moral pressupõe portanto a necessidade da interioridade, da adesão mais íntima.
Caráter histórico e social da moral não se reduz a tradição, ou a herança dos valores recebidos pela tradição.
Podemos problematizar o seguinte: o caráter pessoal da moral leva em conta o sujeito agente moral, levando em consideração esse agente é preciso analisar o comportamento deste agente partindo da premissa que esse pode perfeitamente estar em conflito com a moral vigente.
Conflito moral ou dilema moral: Dentro dessa proposta pretendemos em termos didáticos perceber a moral em seu conceito: “Conjunto de regras que determinam o comportamento de um sujeito em um grupo social” – todavia analisar esse sujeito e seus dilemas morais, os sujeitos privados podem ou não estar de acordo com a moral vigente? Sim! Podem. Mas esse conflito é sutil, a relação público privado é sutil numa sociedade civil o público quase sempre atropela o privado, mas o resquício de uma ditadura do privado paira sobre os interesses públicos, de forma que os interesses públicos nem sempre tão claros e os interesses privados menos claros ainda como deviam ser de fato, o flerte de interesses e definições perpetua-se numa dialética sem fim.
Podem admitir-se muitas das concepções, as concepções usualmente admitidas são as da sua origem natural e puramente social. A consciência moral é então desmascarada como um sentido que o homem adquiriu em virtude de certas conveniências sociais ou de certos processos naturais e que pode desaparecer logo que essas conveniências deixem de vigorar.