Características nacionalistas presentes no conto “a abóboda”, de alexandre herculano
“A Abóboda”, de Alexandre Herculano
O conto “A Abóboda”, de Alexandre Herculano, nos remete a acontecimentos históricos em Portugal. O conto traz uma narração da história de criação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ou da Batalha, iniciado por D. João I na Quinta do Pinhal, e relata também de que maneira esse rei obteve poder, o que caracteriza o conto como uma epopéia.
Evidências nacionalistas são marcantes nesse conto, sobrelevando até mesmo o amor a si próprio e o poder soberano do rei. A história conta que Afonso Domingues, um arquiteto português está construindo um mosteiro e fez um projeto de abóbada. No ano de 1401, ele fica cego e impedido de continuar sua obra. Então o rei chama um arquiteto irlandês, o mestre Ouguet, para dar continuidade ao trabalho. Porém o mestre altera o projeto de Afonso e não tem um bom resultado. Afonso Domingues retoma à sua obra, mesmo com todas as dificuldades da velhice e da cegueira, com intuito de concluir seu projeto e ter o reconhecimento. Ele termina e surpreende a todos.
Como prova clara de nacionalismo é possível observar alguns aspectos. Alexandre Herculano descreve o clima de Portugal com muita admiração, que mostra ao leitor que é um excelente lugar, porventura o melhor:
“Era um destes dias antipáticos aos poetas ossiânico-regelo-nevoentos, que querem fazer-nos aceitar como coisa mui poética Esses gelos do norte, esses brilhantes
Caramelos dos topes das montanhas (A Abóboda:1)
Além disso, o autor exibe o Mosteiro enfatizando que esse lugar é bem famoso pelo povo português, por servir de cenário para a vitória dos portugueses na Batalha de Aljubarrota, em 1385:
“No adro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, vulgarmente chamado da Batalha, fervia o povo, entrando para a nova igreja, que de mui pouco tempo servia para as solenidades religiosas”. (A Abóboda: 1)
O estrangeiro Outget, quando modificou o projeto da abóboda