Caracterização de bioterios
Caracterização Genética de Animais
Os animais de laboratório por si só não garantem que a pesquisa ao qual serão utilizados seja realizada com sucesso. Certas características biológicas são imprescindíveis para que os animais desempenhem suas funções eficazmente. Os animais produzidos com a finalidade de serem utilizados em trabalhos científicos devem possuir características genéticas e sanitárias avaliadas regularmente, visando assegurar padrões pré-estabelecidos.
De acordo com a caracterização genética dos animais, existem dois tipos de linhagens: “inbred” e “outbred”. As criações chamadas de “outbred” são linhagens geneticamente heterozigotas para muitos dos pares alélicos, o cruzamentos é aleatório. Por outro lado, as criações chamadas de “inbred”, são obtidas por acasalamentos entre irmãos por mais de 20 gerações, sendo homozigotas para quase todos os pares alélicos, 98,6% é o mínimo de homozigose entre pares de genes alélicos, requerido para linhagens distintas sejam consideradas consangüíneas
CARACTERIZAÇÃO SANITÁRIA
Atualmente, os critérios na pesquisa científica exigem animais com padrão sanitário definido, e desta forma têm sido feitos melhorias nas estruturas dos biotérios, principalmente os de criação. Com a padronização microbiológica, tem-se conseguido diminuir o número de animais usados, sobretudo poder diminuir as variações nos grupos de animais-teste, contribuindo tanto para o bem estar dos animais quanto dos profissionais envolvidos no processo, uma vez que diminuem os riscos de zoonoses.
A qualidade sanitária em um biotério é imprescindível para seu funcionamento regularizado. O risco de uma infecção em colônias de roedores é sempre muito alto no recebimento de novos animais. A introdução de um único animal infectado pode causar doença epidêmica, trazendo diversos transtornos, tanto com a perda de tempo, já que a eliminação da contaminação é um processo lento e custoso, como a interferência direta nos dados