caracteristicas do pantanal
Ciclo do ouro
Teve início no século XVIII, com os achados de diversas jazidas, como as de Vila Bela, Poconé, Livramento, e durou mais de um século.
Apesar de ter sido Minas Gerais a principal região mineradora do Brasil, era possível encontrar ouro também no Mato Grosso.
Atraídas pela ideia de enriquecer com o garimpo, muitas pessoas migravam para a região, mas logo se deparavam com os impostos criados pelo governo, que dificultavam sua prática.
Aproveitando o aumento da população, os comerciantes estabeleciam preços altos para as mercadorias, que geralmente vinham de São Paulo. Isso acabou estimulando o cultivo de gêneros básicos como o milho, feijão, arroz e, especialmente, a cana-de-açúcar.
Ciclo do açúcar
O solo, às margens do rio Cuiabá, e a facilidade de transporte pelos rios foram os principais estímulos para a cultura canavieira, que teve início em meados do século XIX. Além do açúcar, eram produzidos álcool e aguardente (cachaça) pelas usinas.
Já no início do século XX, Mato Grosso tornou-se o segundo maior produtor de açúcar do Brasil. Mas com a queda do seu preço em todo o mundo, devido, sobretudo, aos avanços tecnológicos, o mercado de açúcar no Pantanal entrou em uma crise profunda, resultando no fechamento de todas suas usinas.
Ciclo das charqueadas
Inicialmente desenvolvida como atividade de apoio às usinas de açúcar no final do século XIX (1880), a indústria da carne começou a crescer de fato após a queda da cultura canavieira, mantendo-se por quase um século no Pantanal.
Ciclo da pecuária
Apesar da maior parte dos estudos demonstrarem que a história do gado no Pantanal tenha começado no século XVI, com os espanhóis, há rumores de que o boi possa ter sido trazidos pelos portugueses de São Vicente.
De qualquer forma, é certo que os bovinos se adaptaram facilmente às pastagens naturais pantaneiras, passando a ser desenvolvidos nas fazendas só dois séculos