Caracol E Sua Concha
UNIESP – UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO
SERVIÇO SOCIAL 6NB / MARIA ROSA BARROS
O TRABALHO ENTRE A PERENIDADE E A SUPERFLUIDADE
Com a crise econômica ocorrida durante a década de 70, um novo modelo de produção foi responsável por novas relações técnicas e sociais de produção. A acumulação flexível (Toyotismo) representou uma estratégia do capital em reagir habilmente às pressões inerentes ao mercado e aos trabalhadores organizados em sindicatos.
As transições do trabalho real ao capital foram iniciadas, fundamentalmente, com a grande indústria. A expropriação de uma classe a outra presume a maneira pragmática em que o capitalismo opera – a acumulação primitiva de capital concentrou riqueza nas mãos de uma classe social, a burguesia.
Nas últimas décadas, a desproletarização do trabalho fabril trouxe como consequências importantes a diminuição da mais-valia, expansão do assalariamento direto e a valorização do capital financeiro.
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES
Desemprego estrutural, que atinge o mundo em escala global. Pode-se dizer que, de um lado, reduz o operariado industrial e fabril; de outro, aumenta o subproletariado, o trabalho precário e o assalariamento do setor de serviços. Incorpora, também, o trabalho feminino e exclui os mais jovens e os mais velhos. Há, portanto, um processo de maior heterogeneização, fragmentação e complexificação da classe trabalhadora.
Algumas tendências no contexto de crise estrutural podem ser resumidas da seguinte forma:
Substituição ou alteração do padrão taylorista e fordista pelas formas produtivas flexibilizadas e desregulamentadas. Das quais a chamada acumulação flexível e o modelo japonês ou toyotismo são exemplo.
O modelo de regulação social-democrático que deu sustentação ao estado de bem estar social (países centrais) esta sendo solapado pela desregulação neoliberal, privatizante e antissocial.
Estas tendências constituem em resposta do capitalismo a sua própria crise.