Capuchinho vermelho
Um dia a mãe fez-lhe um capucho vermelho para ela levar para a escola. No trajecto e como era hábito, a menina cumprimentava os animaizinhos, pois conhecia-os e era amiga de todos. Ao vê-la tão bonita com o seu novo capucho eles começaram a tratá-la por Capuchinho Vermelho.
Um dia a mãe chamou-a e disse-lhe:
- Tens aqui uma cesta com bolos e um pote de mel para levares à avózinha que não anda muito bem de saúde. Toma cuidado: não te detenhas no caminho e não fales com desconhecidos.
- Podes ficar descansada, mãezinha, farei como dizes - prometeu Capuchinho Vermelho.
Ia ela muito contente quando, a certa altura, encontrou um lobo. Este, com uma voz muito melada, disse-lhe:
- Olá, bela Capuchinho! Nem imaginas como desejava conhecer-te.
A menina ao ouvir isto ficou muito surpreendida, pois achou que o lobo não era tão feroz como toda a gente dizia. Apesar disso respondeu-lhe:
- O senhor lobo desculpe-me mas a minha mãe proibiu-me de falar com desconhecidos.
- Desconhecido, eu? Sou a mais popular de todas as criaturas do bosque, não deves fazer caso do que dizem. Isso é treta das más línguas. Onde vais com essa cesta?
- Vou ver a minha avózinha que está doente e levar-lhe bolos e um pote de mel.
- E onde vive a tua avózinha?
- Vive para lá do moinho, numa casa à beira do lago, junto a uma grande árvore.
O lobo já com água na boca pensou:
- Que maravilha de petiscos, devem ser tão bons, tenho que me apoderar de ambas. Acompanhou Capuchinho e a certa altura disse-lhe:
- Penso que também eu deveria visitar a tua avózinha, uma vez que ela está tão adoentada, não te parece?
- Sim, sim, acho que ela ficaria muito contente.
- Olha, tu vais por este caminho e eu vou por aquele. Veremos quem chega primeiro, - disse-lhe o lobo.
- Como eu sou esperto e como foi fácil convencê-la, pensou o lobo, ela vai pelo caminho mais distante e