Captaes da areia
A narrativa de Jorge Amado, de cunho documental e realista, aborda a crueldade da vida dos meninos de rua, a luta diária por alimento e dinheiro.
Contexto Histórico
A obra, escrita na década de 1930, tem relação com o colapso econômico do Brasil após a queda da Bolsa de Nova York. Foi quando o Brasil viveu a Revolução de 30, reflexo da revolta de jovens militares, da população de classe média, do proletariado urbano e das oligarquias nordestinas e sulistas. Jorge Amado foi um dos mais importantes militantes dessa época e um dos autores responsáveis pela criação de um estilo novo na literatura, moderno e liberto da linguagem tradicional. Nele, incorporou-se a linguagem regional e as gírias locais.
Período (Escola) Literária
O período literário da obra é o modernismo foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. O movimento no Brasil foi aberto a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, como o Cubismo e o Futurismo.
Autor
Jornalista e romancista, Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA em 1912. Filho do Coronel João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado, passou a infância em Ilhéus. Cursou o secundário em Salvador, onde viveu a adolescência e teve os primeiros contatos com a vida popular, que marcaria profundamente a sua obra.
Aos 14 anos, começou a trabalhar em jornais e iniciou a vida literária. Formou-se em Direito no Rio de Janeiro, mas jamais advogou. Em vez disso, dedicou-se à literatura e à política. Casou-se com Zélia Gattai e teve dois filhos.
Estreou na literatura em 1930, com a publicação da novela Lenita, escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Autor de vasta obra, foi traduzido para 48 idiomas e dialetos. Teve também romances adaptados para o cinema,