Capote
Com os conhecimentos adquiridos nas aulas de Homem e Sociedade analisamos que Acaqui era um funcionário público de estatura baixa, um pouco picado de bexigas e igualmente um pouco curto de vista, com uma pequena calva a principiar na testa, rugas nas duas faces e, no rosto, essa característica do hemorroidal devido ao clima de sua cidade Sampetersburgo. Seus padrinhos indicaram vários nomes quando este nasceu e sua mãe já falecida optou em colocar o nome do pai “Acaqui Acaquievich”, ao nascer ele fez várias caretas que parecia prever seu futuro.
Acaqui não era inserido na sociedade, não tinha a família presente, só tinha uma hospedeira com quem morava, mas era espancado por ela, não tinha crenças religiosas e nem grupos de convivência (socialização informal), seus “colegas” de trabalho só o chamavam para ofensas e para lhe dar mais serviços, nunca foi transmitido a ele os conhecimentos, comportamentos entendidos como válidos, não teve uma formação histórica e cultural e a sociedade não exigia nada dele além do trabalho.
A sociedade é egoísta, todos só pensavam no próprio beneficio, Acaqui era visto como um homem sem direitos, somente com deveres impostos pelo seu emprego, na repartição ninguém o tratava com respeito, o tratava como quem trata uma mosca, só zombavam dele e mesmo com esse tratamento ele fazia seu trabalho com amor e dedicação. Por morar em uma cidade muita fria, Acaqui decidiu levar seu Capote para um alfaiate reformá-lo e por estar em péssimas condições de uso Petrovich fez um novo para ele, cobrando quase todo seu salário. Ao aparecer na repartição com seu novo Capote, o tratamento mudou imediatamente, o tratavam com dignidade e convidavam-no para festas, sua vida havia mudado completamente por causa daquele casaco. Ao chegar perto de casa, Acaqui foi assaltado e levaram o Capote, fazendo com que sua vida voltasse ao “normal”, ao ir queixar-se